Obviamente Paris é uma cidade que merece a sua visita por vários e longos dias, mesmo se você for um viajante gluten free, pois a “cidade luz” oferece boas opções de alimentação sem glúten – você pode conferir todas as opções que já identificamos no mapa do Guia de Viagem Gluten Free de Paris.
Quando vimos uma opção de voo um pouco mais barato com escala de cerca de 22 horas em Paris, que consideraria uma pernoite também, pensamos se valeria o esforço… Chegamos, então, a conclusão que possivelmente vale se você não tem intenção de visitar Paris com mais calma tão cedo… Nosso pensamento foi bem emocional, algo como:
É sempre melhor ter 22 horas em Paris do que 0 horas em Paris 😂
Mas é importante ter em mente que fazer uma viagem internacional com conexão não é uma das coisas mais divertidas do mundo… Se a escala só te acrescenta horas sem propiciar experiências diferentes na viagem, acaba sendo apenas cansativo.
Bom, nós topamos o desafio e, depois de viver essa aventura de menos de 24 horas de escala em Paris, vamos te contar como foi a nossa experiência e dicas de como pode ser bem proveitoso para você também. E você vai ver que comemos bem mesmo com dieta sem glúten!
O voo para Paris
Nosso voo foi São Paulo (GRU) – Paris (CDG), saindo as 20:30 no horário de Brasília. O serviço da AirFrance é de boa qualidade, e te oferece um vinho em miniatura no jantar, olha que bonitinho:

Mas se você está se perguntando: “nossa que lanche sem glúten incrível é esse que eles ofereceram?”
Calma, esse lanche nós que levamos! Aos viajantes celíacos, vou compartilhar aqui como fazemos em relação a alimentação no avião.
Não temos o costume de pedir a refeição especial sem glúten nas viagens longas por alguns motivos: a maior parte das companhias aéreas não consegue estabelecer um padrão nesse serviço, seja na informação sobre segurança – muitas falam sobre baixo teor de glúten e usam termos equivocados como apto para intolerantes ao glúten, o que não passa segurança alguma aos celíacos – ou seja na disponibilidade da alimentação na viagem – já aconteceu de pedirmos e esquecerem, e ficarmos sem comida na viagem.
Por esses motivos nós SEMPRE levamos nossa comida segura, e consumimos tudo que não é embalado industrialmente antes do avião pousar em outro país, assim seguimos as regras da vigilância sanitária. Falamos mais sobre dicas de como fazer no conteúdo: Alimentos que pode levar na viagem de avião.
Hospedagem estratégica em Paris
Caso você queira fazer algo semelhante, é bom se planejar em relação a hospedagem e escolher uma que facilite sua estadia rápida na cidade.
Como nós tinhamos o equivalente a 22 horas desde a chegada do nosso voo a Paris até o voo de conexão, e essas horas contemplavam horas de descanso à noite, resolvemos reservar um hotel no Les Halles, 2º arrondissement, para poder aproveitar mais a região próxima a Île de la Cité e fazer mais coisas a pé.
Passando o dia em Paris
Pelas 12h30 (hora local) já estavamos liberados no Aeroporto Charles de Gaulle, compramos os tickets e pegamos o metrô até a Les Halles. A região é muito bonita, bastante arborizada.


A ideia era deixar a mala no hotel, antes mesmo da disponibilidade de check-in (somente às 15h), para passear mais livre só de mochila, mas nem precisamos passar lá pois nossa mala foi direto para o destino final da conexão sem querer (a atendente no aeroporto de Guarulhos colocou o adesivo do destino final na mala pois não tinha visto que era conexão longa com pernoite e acabamos ficando somente com as mochilas).
Organizamos o nosso dia de forma a conseguir fazer alguns lanches sem glúten (aproveitando iguarias típicas francesas), e depois jantar com mais calma em um local com mesas na rua e uma atmosfera parisiense. E durante o passeio na cidade, nosso deslocamento foi todo por barco e a pé, usando o metrô apenas para deslocamento até o Aeroporto.
Veja abaixo todas as refeições sem glúten que fizemos em Paris e o que aproveitamos entre esses momentos!
🍩 1ª Comida sem glúten: Croque Monsieur
Ao chegar em Les Halles fomos direto para a nossa primeira refeição sem glúten em Paris: no Copains – Le Studio (uma unidade que tem espaço para comer no local). Tudo lá é gluten free, embora não fale em nenhum lugar na loja, a atendente mencionou ao nos apresentar o local.
Comemos um Croque Monsieur delicioso lá. Primeiro experiência com esse lanche típico e achei sensacional! Escolhemos mais algumas coisinhas pra levar.


Copains Le Stutio – 62 Rue Montorgueil, 75002 Paris, França
Ao sair do Copains, demos uma passadinha na pirâmide do Louvre, pois era caminho para a atração que já havíamos comprado ingresso e não queríamos perder muito tempo para iniciar: o trajeto de barco pelo Sena!
💡 Fica a dica: existe um barco chamado Batobus que fazer o trajeto pelo Sena parando em diversos locais turísticos. Você pode comprar uma diária dele e usar quantas vezes quiser no dia. Pegamos ele na parada do Louvre pelas 15h horas da tarde, e como o último horário para pegar um na estação da Torre Eiffel era as 17h (nessa época do ano, março, veja no site deles os horários para outros momentos), calculamos que conseguiríamos apenas aproveitar uma descida de forma a poder voltar com ele até próximo ao nosso hotel.
Então, curtimos o passeio na ida para a torre Eiffel e descemos lá.


Atravessamos até o Jardin du Trocadéro a pé. A parte da praça estava com algumas obra, mas ainda assim deu para curtir a visão da torre.

🍩 2ª Comida sem glúten: Éclair de chocolate
Ainda no Jardin du Trocadéro, paramos para fazer um lanchinho: um éclair com recheio de chocolate que compramos na Copains e carregamos conosco, estava muito bom!

Depois do descansinho, voltamos pra estação do Batobus da Torre Eiffel e pegamos o último barco do dia que saia dali, voltando o restante do passeio já com essa luz incrível do final de tarde em Paris!
No site www.batobus.com você pode conferir em tempo real os horários dos barcos em cada estação.

O trajeto de volta do Batobus passa por pontos turísticos que você consegue apreciar de longe. Foi uma ideia acertadíssima para o pouco tempo que tínhamos, não valeria perder tanto tempo se deslocando de metrô e não enxergar essa cidade maravilhosa.

Descemos na estação Louvre, completando todo o trajeto desde que pegamos o barco, e fomos fazer check-in no hotel. Ficamos lá pouco tempo, só para usar o banheiro e esticar as pernas, depois já saímos de novo para ir jantar.
Já estava escuro, então aproveitamos para ver a pirâmide do Louvre iluminada (que ainda não conhecíamos). Linda!

🍩 3ª Comida sem glúten: Gallete e Vinho
Para a janta, escolhemos um local que não é 100% gluten free, mas que tem protocolos para atender celíacos com segurança: o Breizh Café. Ele tem algumas unidades, fomos no da Rua……., pois vimos que esse tinha aquelas mesinhas parisienses clássicas na rua. Como estava frio, usamos um cobertor que eles fornecem e ficamos na parte externa mesmo (tudo pela experiência né!).
Jantamos deliciosas Galletes sem glúten! Que são tipo uns crepes nesse formato diferenciado. Com um belo vinho, é claro.


Breizh Café – 1 Rue de l’Odéon, 75006 Paris, França
🍩 4ª Comida sem glúten: Sorvete
Essa parte era dispensável, pois estávamos bem alimentantdos, mas no retorno para o hotel passamos na frente do GROM e não deu pra resistir: sorvete no frio é algo bem europeu 😀

Grom Gelato – 81 Rue de Seine, 75006 Paris, França
Mais uma caminhadinha atravessando a Île de la Cité, e apreciando a Notre Dame iluminada e quase totalmente recuperada! A fachada está perfeita!

Pelas 23h já estávamos no hotel para dormir adequadamente e se recuperar.
No dia seguinte: acordamos super cedo para pegar o voo de conexão e ainda no quarto do hotel fizemos a última refeição sem glúten em Paris:
🍩 5ª Comida sem glúten: Croissants (ou algo similar)
Não dava tempo de ir tomar café da manhã em lugares seguros, então já tínhamos uns croissants (em dúvida se são croissants ou outra coisa, pois não lembro se vi esse nome ao escolher) comprados no Copains no dia anterior.

Preciso ser sincera aqui e dizer que não gostei da massa, estava esperando uma experiência de croissant, mas a massa era pesada e com gosto de mix de farinhas que deixa um retrogosto (talvez aveia? não sei). Dá para ver que era a mesma massa que eles usam em vários produtos, mas aqui como tinha muita massa e zero recheio, ficou enjoativo. Enfim, c’est la vie. Agora vamos precisar voltar para Paris para procurar um verdadeiro croissant sem glúten! 😂
E essas foram as nossas 22 horas de conexão em Paris, comendo muito bem sem glúten! Acho que valeu a pena! E vocês, fariam essa escala também?
Mapa Gluten Free de Paris
Quer conhecer outros lugares em Paris onde você pode fazer uma refeição sem glúten?
Confere no nosso Guia de Paris.